Nosso chão: bases teóricas para uma reflexão política

Queridos amigos e amigas,

Paz!

Neste primeiro mês de reflexões sobre a política nos dispomos a pensar sob quais critérios devemos avaliar as configurações políticas que nos envolvem.
Volta e meia nos encontramos diante de questões como: quem eleger? a qual partido devo me filiar? o sistema político promove uma verdadeira democracia? As leis vigentes são legitimas? o sistema econômico é justo? devo apoiar ou não um movimento social?
A Igreja nos oferece referências em seu ensino social. Neste encontramos valores éticos para nossa ação que decorrem do reconhecimento da dignidade da pessoa humana e da busca do bem comum. É de fundamental importância que nós, católicos, conheçamos e divulguemos o ensino social da Igreja.
No cotidiano, precisamos, à luz daqueles princípios e das ciências, decidir o que fazer, como fazer, com quem fazer e quando fazer, a partir de problemas concretos que encontramos em nossa realidade social .
Aqui se descortinam as várias correntes teóricas que iluminam nossas opções e logo vem à nossa mente nomes como Platão, Aristóteles, Agostinho, Tomás de Aquino, More, Bodin, Locke, Rosseau, Monstesquieu, Kant, Tocquevile, Hegel, Marx, Maritain, Habermas, Ratzinger, Grizes, Rawls, Finnis, MacIntyre, Arendt e tantos outros pensadores.
São tantos "ismos" que nos circundam que as vezes fica difícil escolher ou então preferimos abdicar da razão e de nossa capacidade de escolha e de diálogo.
A escolha fica ainda mais prejudicada quando todos os políticos e seus partidos parecem ter as mesmas práticas fisiológicas e corporativistas. Perdemos a esperança, dizemos: "os políticos são corruptos" e abandonamos a ágora.
Outro aspecto é que os argumentos religiosos no atual paradigma liberal foi "convidado" a se retirar da ágora, de modo que qualquer consideração de caráter ontológico ou sobre a natureza humana é relegada a uma convicção pessoal, valendo para a esfera pública somente o consenso ou o processo democrático de formulação das leis ou das decisões judiciais.
A Igreja não canoniza nenhuma ideologia, sistema político ou economia, mas através de sua doutrina social, concede-nos elementos para avaliá-los e nos remete a buscarmos a razão das coisas, através das "logias", aliada à virtude da prudencia.
Assim, para dar inicio a essa nossa conversa sobre os referências teóricos para a reflexão e a decisão política, parto de um vídeo de uma aula em Harvard, do Prof. Michael Sandel sobre o bom cidadão:



Recomendo também os artigos do Prof. Jean Lauand sobre a arte de decidir e sobre o fanatismo:


A arte de decidir http://www.hottopos.com/videtur15/jean.htm

Religião e liberdade http://www.hottopos.com/mirand14/jean.htm

Encontrei um material muito interessante sobre as relações de religião, fé e polítca em  http://pemauricio.wordpress.com/etica-e-politica/


Trazendo uma realidade mais concreta, temos ainda:  Avaliação política e avaliação de políticas .

Por fim, sugiro a leitura da Nota Doutrinal sobre a participação dos católicos na política
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20021124_politica_po.html

Não sou de nenhum partido, sou só um leigo querendo dialogar e aprender em comunidade. Conto - não só eu - com as opiniões de todos, especialmente daqueles que pesquisam essa temática e/ou a vivenciam cotidianamente.

As perguntas a serem respondidas são:

1. Quais os referenciais teóricos podemos utilizar para avaliar o sistema político, os partidos, as alianças e os candidatos?

2. Qual é a finalidade da política?

3. Quais são os critérios que você, pessoalmente, adota para votar?

4. Um católico deve necessariamente votar em candidatos católicos?

A partir do dia 12/08/12, daremos inicio ao diálogo. Contamos com a sua opinião.

Obrigado!





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