domingo, 9 de maio de 2010

COM MARIA, DEIXAR-SE CONDUZIR PELO ESPÍRITO

CAMINHADA DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO REINO DO MUR

3ª ETAPA

“Espiritualidade do Profissional do Reino: Com Maria, deixar-se conduzir pelo Espírito”

Objetivos:

1) Sensibilizar os profissionais do Reino e os grupos de profissionais a vivenciarem uma profunda espiritualidade mariana, especialmente através da oração do rosário;

2) Motivá-los a, com Maria, clamarem por um perene Pentecostes e aprender dela a docilidade ao Espírito Santo no cotidiano.
 
“Queridos filhos! Convido-os a refletirem sobre o futuro de vocês. Vocês estão criando um mundo novo sem Deus, apenas com suas forças e é por isso que vocês estão insatisfeitos e sem alegria no coração. Este tempo é o meu tempo e é por isso, filhinhos, que novamente os convido à oração. Quando alcançarem a unidade com Deus, sentirão fome da Palavra de Deus e seus corações, filhinhos, transbordarão de alegria. Onde quer que estiverem testemunharão o amor de Deus. Abençôo-os e repito-lhes que estou com vocês para ajudá-los. Obrigada por terem correspondido ao Meu apelo! ” Mensagem da Rainha da Paz, de 25.01.97
 
No módulo anterior, fomos convidados a um novo relacionamento com a Palavra de Deus: escutá-la, meditá-la, praticá-la e anunciá-la, com a força do Espírito Santo. Quem melhor para nos acompanhar nesta caminhada senão nossa Mãe Maria? Ela é nosso modelo e intercessora, pois, em sua humanidade, soube corresponder à Graça, escutando, meditando, praticando e nos dando a Palavra, servindo ao próximo, suportando os silêncios e os sofrimentos, crendo, esperando, amando e clamando para que a Força do Alto, que já havia descido sobre ela, fosse derramada sobre a Igreja nascente em Pentecostes.

Para sermos o que somos chamados a ser: discípulos e missionários de Jesus Cristo no meio do mundo, impulsionados pelo Espírito, apóstolos dos últimos tempos , construtores da Civilização do Amor, precisamos conhecer, amar, confiar e imitar Maria de Nazaré.

Que o testemunho e a intercessão de João Paulo II e de tantos santos e santas que souberam amar Maria, nos ajude a acolhermos a Virgem de Nazaré em nossa vida e em nossa caminhada.
 

1. “EIS AÍ TUA MÃE!” (João 19, 27)

 
Estas foram as palavras de Jesus na Cruz ao discípulo que ele amava. O texto prossegue dizendo que, desde aquela hora, o discípulo a recebeu em sua casa. Nós, também como discípulos amados somos convidados a acolher Maria em nossa vida como companheira e modelo de seguimento de Jesus .

Ninguém melhor que a Mãe para revelar o Filho.

Além disso, Maria nos revela que é possível obedecer a Deus e corresponder à sua graça nas circunstâncias ordinárias da vida.

Por mais graças e favores divinos que Maria recebera, Deus não age sem seu assentimento. Ele respeita nossa liberdade. A cheia de graça participa livre e ativamente, por sua fé e obediência, do mistério da salvação. Também nós somos chamados a fazer o mesmo.

Mas o que Maria teria a ensinar a nós, homens e mulheres de hoje?

Veja o que nos diz o Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus:

“Antes de mais nada, a Virgem Maria foi sempre proposta pela Igreja à imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que ela levou ou, menos ainda, por causa do ambiente sócio-cultural em que se desenrolou a sua existência, hoje superado quase por toda a parte; mas sim, porque, nas condições concretas da sua vida, ela aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus (cf. Lc 1,38); porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática; porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; e porque, em suma, ela foi a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo, o que, naturalmente, tem um valor exemplar universal e permanente. (...) São exemplos, como dizíamos. Deles transparece claramente, no entanto, que a figura da Virgem Santíssima não desilude algumas aspirações profundas dos homens do nosso tempo, e até lhes oferece o modelo acabado do discípulo do Senhor: obreiro da cidade terrena e temporal, e, simultaneamente, peregrino solerte também, em direção à cidade celeste e eterna; promotor da justiça que liberta o oprimido e da caridade que socorre o necessitado, mas, sobretudo, testemunha operosa do amor, que educa Cristo nos corações” .

Façamos, portanto, uma visão panorâmica da vida de Maria para aprendermos dela amarmos e seguirmos Jesus.

Na Anunciação (Lucas 1, 26-38), vemos Maria dócil à vontade de Deus e à ação do Espírito Santo: "Eis a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1,38). Não era uma resposta fácil, pois, não sabia a reação de José e pelas leis mosaicas, ela poderia vir a ser apedrejada. Maria, questiona (Como se fará isso?), pondera e confia no Deus que a chama, abandona-se.

Sobre este mistério, ensina o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 494:

“Como diz Santo Irineu, "obedecendo, se fez causa de salvação tanto para si como para todo o gênero humano". Do mesmo modo, não poucos antigos Padres dizem com ele: "O nó da desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a virgem Eva ligou pela incredulidade a virgem Maria desligou pela fé. Comparando Maria com Eva, chamam Maria de "mãe dos viventes" e com freqüência afirmam: "Veio a morte por Eva e a vida por Maria”.



LARRAÑAGA surpreende-se com o silêncio de Maria que guardou o segredo, não o contando nem mesmo a José ou sua mãe. O frade prossegue relatando que o segredo da maturidade de Maria é ser uma mulher contemplativa, ou seja, que não vive para si, narcisicamente, mas para o Outro.

Na continuação do texto de Lucas, vemos Maria indo ao encontro de Isabel para servi-la. Quem recebe a graça, não se fecha em si mesmo, mas vai ao encontro do próximo para que este também participe dela. Novamente, nos socorre LARRAÑAGA:

“Quando há uma verdadeira vida com Deus, à fase da imersão em sua intimidade corresponde e sucede a fase de doação entre os homens. Quanto mais intenso tiver sido o encontro com o Pai, mais extensa será a abertura entre os homens. Um trato com Deus que não leve a uma comunhão com os homens é uma simples evasão em que, sutilmente, a pessoa busca a si mesma. Tem que haver um perpétuo questionamento entre a vida com Deus e a vida com os homens, que devem combinar com uma e outra integradamente, condicionando-se mutuamente, sem dicotomias. Maria tinha vivido, na vertical, uma intimidade sem precedentes com Deus. Essa intimidade vai abri-la para uma comunhão, também sem precedentes, com os irmãos, representados, no caso, em Isabel, Deus é assim. O verdadeiro Deus é aquele que nunca deixa em paz, mas sempre deixa a paz. O Senhor sempre desinstala e conduz seus amigos para o compromisso com os seus semelhantes” .

Outro aspecto a ser ressaltado, é que Maria, repleta do Espírito na Anunciação, torna-se portadora da graça e quando Isabel recebeu sua saudação, também ficou cheia do Espírito (Lc 1, 41).

Na casa de Isabel, Maria louva a Deus com o Magnificat e também com o serviço a sua prima, que idosa, estava grávida.

No nascimento de Jesus, encontramos os sinais de contradição: não há lugar para o filho do Altíssimo nascer, a não ser um estábulo (Lucas 2, 7); mesmo assim contemplam os louvores do anjos, o testemunho dos pastores, a visita dos reis magos (Mt 2,1-12).

Ao apresentarem Jesus no Templo, cumprindo a Lei, Maria e José ouvem o testemunho de Simeão e Ana a respeito do menino. Maria, contudo, receberá a notícia de que uma espada transpassará sua alma (Lc 2, 34s).

Posteriormente, precisam fugir para o Egito (Mt 2,13-15). Será que nós nestas circunstâncias não teríamos perdido a fé ou estaríamos blasfemando e murmurando contra Deus? “Poxa, Senhor, vai deixar seu filho nascer num estábulo? Uai, meu filho não seria rei de Israel, agora vou ter que ir para um país estrangeiro? O Senhor não cumpre suas promessas? Confiei Nele e tudo dá errado para mim!”

A atitude de Maria era reter os acontecimentos, procurando-lhes o sentido (Lc 2,19).

Depois, vieram anos de silêncio em Nazaré, os anos da vida oculta de Jesus, no lar de Maria e José.

Durante, todo este tempo Maria confiou na promessa de seu Deus e perseverou. Quantas vezes já pensou em desanimar diante do silêncio de Deus diante de suas quedas, de seus fracassos, de sua aparente infertilidade, das injustiças do mundo?

Pela intervenção de Maria, Jesus dá início à sua vida pública numa festa de casamento em Caná da Galiléia (Jo 2, 1-12). Ela está atenta às necessidades e preocupa-se com os noivos e seus familiares: “Eles não tem mais vinho”. Estamos atentos aos outros e suas necessidades? Atentos às necessidades dos nossos familiares, amigos, nossos colegas de trabalho, de grupo, de comunidade?

Recordamos aqui aquele que é o lema dos profissionais do Reino: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Para fazer o que Ele nos diz, precisamos escutá-lo e depois obedecê-lo. O que será que os serventes pensaram quando Jesus mandou levar a água das talhas ao mordomo?

Maria não era mera ouvinte da Palavra, mas praticante e, por isso, Jesus a elogia: “Todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã, minha mãe” (Mc 3,35).


Chegamos à cruz. Maria ali está. Em pé, diante do seu Filho, que ela oferece ao Pai. A cruz e o sofrimento são o lugar que mais tememos: a perseguição, as perdas, as renúncias, o desprezo, a humilhação, a frustração, o fracasso. Seja qual for a nossa cruz, Maria está conosco. “Não estou eu aqui que sou sua Mãe?”, disse ela a São Juan Diego, no México. Que Maria nos ajude a sermos cristãos não só nos momentos de alegria, de júbilo e prodígios, mas também nas horas de contradição, solidão, dor e aridez. Livra-nos, ó Mãe, da fé egoísta, que só busca os próprios interesses, que manipula Deus segundo a nossa vontade, e conduze-nos a uma fé madura, não fechada em si mesma, aberta a vontade divina e ao próximo, capaz de nos levar a seguir a Jesus até a cruz, pois aí está a fonte da vida.

Após a ressurreição, Maria é presença orante na comunidade dos discípulos e está com eles no Cenáculo, clamando pelo derramamento da “Força do Alto” (Atos 1,14).
 

Por sua obediência na fé e pelos méritos de Cristo, Maria é assunta ao Céu e coroada Rainha . Portanto, devemos sirva-la e obedece-la. Todavia, a Virgem de Nazaré é feita Rainha para nossa alegria e para nosso bem. Maria nos revela e nos garante o que iremos ser na glória, conforme ensina a Lumen Gentium:

“Sinal de Esperança e de consolação 68. Entretanto, a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (cfr. 2 Ped. 3,10).

A doce Mãe de Deus com mais razão pode dizer como Santa Teresinha: "Vou passar meu céu fazendo o bem na terra." De junto do trono de Deus, a Auxiliadora dos Cristãos intercede por nós até que tenha sido eliminado o inimigo que quer nos destruir.

“Medianeira para a unidade da Igreja 69. E é uma grande alegria e consolação para este sagrado Concílio o facto de não faltar entre os irmãos separados quem preste à Mãe do Senhor e Salvador o devido culto; sobretudo entre os Orientais, que acorrem com fervor e devoção a render culto à sempre Virgem Mãe de Deus. Dirijam todos os fiéis instantes súplicas à Mãe de Deus e mãe dos homens, para que Ela, que assistiu com suas orações aos começos da Igreja, também agora, exaltada sobre todos os anjos e bem-aventurados, interceda, junto de seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que todos os povos, tanto os que ostentam o nome cristão, como os que ainda ignoram o Salvador, se reunam felizmente, em paz e harmonia, no único Povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade” .
 
ROSÁRIO, ESCOLA DE MARIA

 
Um dos meios mais conhecidos de dirigir súplicas a Maria é através do Santo Rosário. Acolhamos em nosso coração as apaixonadas palavras de João Paulo II, na Carta apostólica “O rosário da Virgem Maria”, e deixemos que elas nos estimulem a assumirmos um compromisso decidido de entrarmos na escola de Maria, contemplando com ela o rosto de Cristo, através do Rosário:

“1. O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milênio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milênio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original, e sente-se impulsionado pelo Espírito de Deus a « fazer-se ao largo » (duc in altum!) para reafirmar, melhor « gritar » Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como « caminho, verdade e vida » (Jo 14, 6), como « o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização ».

O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor.

(...) Eu mesmo não descurei ocasião para exortar à frequente recitação do Rosário. Desde a minha juventude, esta oração teve um lugar importante na minha vida espiritual. Trouxe-mo à memória a minha recente viagem à Polônia, sobretudo a visita ao Santuário de Kalwaria. O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: « O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade. [...] Pode dizer-se que o Rosário é, em certo modo, um comentário-prece do último capítulo da Constituição Lumen gentium do Vaticano II, capítulo que trata da admirável presença da Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja. De fato, sobre o fundo das palavras da “Ave Maria” passam diante dos olhos da alma os principais episódios da vida de Jesus Cristo. Eles dispõem-se no conjunto dos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos, e põem-nos em comunhão viva com Jesus – poderíamos dizer– através do Coração de Sua Mãe. Ao mesmo tempo o nosso coração pode incluir nestas dezenas do Rosário todos os fatos que formam a vida do indivíduo, da família, da nação, da Igreja e da humanidade. Acontecimentos pessoais e do próximo, e de modo particular daqueles que nos são mais familiares e que mais estimamos. Assim a simples oração do Rosário marca o ritmo da vida humana ». Com estas palavras, meus caros Irmãos e Irmãs, inseria no ritmo quotidiano do Rosário o meu primeiro ano de Pontificado. Hoje, no início do vigésimo quinto ano de serviço como Sucessor de Pedro, desejo fazer o mesmo. Quantas graças recebi nestes anos da Virgem Santa através do Rosário: Magnificat anima mea Dominum! Desejo elevar ao Senhor o meu agradecimento com as palavras da sua Mãe Santíssima, sob cuja protecção coloquei o meu ministério petrino: Totus tuus!”

Agora que já conhece o valor e a importância desta oração, que tal aprender a rezá-la e praticá-la todos os dias?

Para aprender a rezar o Rosário acesse o link: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/especial/rosario/12.htm



Para aqueles que já a conhecem, fica a pergunta: temos conseguido rezá-lo? Encontramos tempo para recitá-lo em meio às nossas atividades diárias?

Podemos rezá-lo no trânsito , no percurso do trabalho, no intervalo do almoço, fazendo uma caminhada, nas filas e salas de espera, fazendo compras, com a família e em comunidade. Num mundo com tantas distrações (jogos e músicas no celular, por exemplo), o Rosário nos recorda nossa dignidade.

Imagine se rezássemos o Rosário pela nossa conversão e por aqueles que convivem conosco no trabalho, pela nossa família, pelos doentes, pela paz, pelos nossos Bispos e sacerdotes, pela unidade dos cristãos? Formaríamos uma imensa rede de intercessão e, com o Céu ao nosso lado, experimentaríamos a “Força do Altíssimo” agindo na história.

COMPROMISSO
 
Convidamos você e seu grupo a, neste mês de maio, fazerem experiência de oração e intercessão com o Rosário.

1) Assuma o compromisso de rezar o Rosário, conforme as suas possibilidades (uma dezena, um mistério, um rosário por dia). Valorize especialmente as terças, Dia de intercessão do Ministério Universidades Renovadas, pelas intenções abaixo relacionadas e pelas que estarão disponíveis no blog http://www.partilhareamar.blogspot.com/  .

Seu grupo também pode fazer a experiência de rezar uma dezena para dar início ao encontro.

Intenções:

• Pelo Santo Padre, o Papa, pelos Bispos, sacerdotes, pelos religiosos e religiosas, missionários e missionárias, pelos leigos e leigas, especialmente os mais tentados e perseguidos;

• Pelo aumento e santificação das vocações matrimoniais, sacerdotais e religiosas;

• Para que correspondamos a nossa vocação e perseveremos;

• Pela unidade e aumento do número de profissionais do Reino e dos grupos de profissionais;

• Por um perene Pentecostes sobre cada cristão e sobre toda a Igreja;

• Pela unidade dos cristãos ;

• Pela RCC e todos os que nela servem, especialmente, os membros do Conselho Nacional, os coordenadores de grupos, de paróquia, de dioceses e ministérios;

• Pelo Ministério Universidades Renovadas, pela Equipe Nacional de Serviço e pela Comissão Nacional dos Profissionais;

• Pelos diversos projetos e atividades da RCC, especialmente, o Congresso Nacional, o ENUR, o Ruah e o Projeto Amazônia;

• Pelo nosso País e pelas eleições que ocorrerão este ano;

• Pelas vítimas da violência e dos desastres naturais;

• Pelas intenções do Imaculado Coração de Maria.

2) Envie-nos suas intenções particulares em nossa lista pur-gpp@yahoogrupos.com.br ou através de um comentário no nosso blog www.partilhareamar.blogspot.com .

3) No fim do Mês de Maio, partilhe sua experiência conosco.



REFLEXÃO
 
Conhece a canção “Maria de minha infância”, do Pe. Zezinho? Agora que conhecemos melhor Maria, que tal meditar e partilhar sobre esta canção?


Maria de Minha Infância

Composição: Pe. Zezinho



Eu era pequeno, nem me lembro

Só lembro que à noite, ao pé da cama

Juntava as mãozinhas e rezava apressado

Mas rezava como alguém que ama

Nas Ave - Marias que eu rezava

Eu sempre engolia umas palavras

E muito cansado acabava dormindo

Mas dormia como quem amava

Ave - Maria, Mãe de Jesus

O tempo passa, não volta mais

Tenho saudade daquele tempo

Que eu te chamava de minha mãe

Ave - Maria, Mãe de Jesus

Ave - Maria, Mãe de Jesus

Depois fui crescendo, eu me lembro

E fui esquecendo nossa amizade

Chegava lá em casa chateado e cansado

De rezar não tinha nem vontade

Andei duvidando, eu me lembro

Das coisas mais puras que me ensinaram

Perdi o costume da criança inocente

Minhas mãos quase não se ajuntavam

O teu amor cresce com a gente

A mãe nunca esquece o filho ausente

Eu chego lá em casa chateado e cansado

Mas eu rezo como antigamente

Nas Ave - Marias que hoje eu rezo

Esqueço as palavras e adormeço

E embora cansado, sem rezar como eu devo

Eu de Ti Maria, não me esqueço

1) Qual é o lugar de Maria e do Rosário na tua história? Há recordações de infância sobre Maria e a oração do terço?

2) O que a vida de Maria tem a dizer sobre aquelas quatro dimensões que meditamos no primeiro módulo (dignidade, humanidade, desafios e equilíbrio)?

3) Como viver uma espiritualidade mariana nos dias de hoje?

2. COM MARIA, SERMOS DÓCEIS AO ESPÍRITO SANTO

“Ao tomar a refeição com eles, deu-lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual me ouvistes falar, quando eu disse: ‘João batizou com água; vós, porém, dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo’”. Então, os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restabelecer o Reino para Israel?” Jesus respondeu: “Não cabe a vós saber os tempos ou momentos que o Pai determinou com a sua autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra. (...) Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres — entre elas, Maria, mãe de Jesus — e com os irmãos dele ”. Atos 1,4-8.14

"Os confins do Cenáculo se alargaram por toda a Terra. Pensa que teu coração é um novo e verdadeiro Cenáculo, no qual o Paráclito habita como Hóspede e Amigo Fidelíssimo" Beata Elena Guerra

“Queridos Irmãos e Irmãs, acolhei nos vossos corações o Espírito Santo com a mesma docilidade da Virgem Maria. Deixai-vos maravilhar sempre por Deus e evitai receber os seus dons de maneira trivial. Oxalá o Espírito, Mestre interior, vos conforte na fé e vos torne cada vez mais conformes com Cristo. Neste mundo, com freqüência permeado de tristeza e de incerteza, tende a audácia de colaborar com o Espírito numa nova e grande efusão de amor e de esperança em toda a humanidade”. ( João Paulo II a RCC Italiana, 4 de Abril de 1998)

“No nosso tempo, ávido de esperança, façam conhecer e amar o Espírito Santo. Assim, ajudareis a tomar forma aquela «Cultura de Pentecostes» que pode fecundar a civilização do amor e a convivência entre os povos. Com fervente insistência não vos canseis de invocar: Vem, Espírito Santo! Vem! Vem!.” (João Paulo II, aos responsáveis da RCC, 14 Março de 2002)
 
“Desejo que o Espírito Santo encontre uma acolhida cada vez mais fecunda no coração dos crentes e que se difunda a “cultura de Pentecostes”, tão necessária em nosso tempo” (Papa Bento, Audiência Geral em 28 Setembro 2005, Congresso Lucca)


 
Todos estes textos nos fazem lembrar que o Espírito Santo não é um elemento acidental em nossa vida cristã, ao contrário, deixar-se conduzir por Ele é fundamental para que sejamos aquilo que devemos ser, ou seja, nos realizarmos.

Os discípulos haviam caminhado com Jesus, ouvido suas palavras, visto seus sinais, sua morte e ressurreição, contudo, não estavam prontos. Precisavam do Espírito Santo, da Força do Alto que os levaria como testemunhas até o fim do mundo.

No nosso Batismo recebemos o Espírito, contudo, precisamos reconhecer sua presença em nós e crer Nele, deixando que Ele nos conduza, nos leve a águas mais profundas em todos os aspectos de nossa vida.

No início do mundo, o Paráclito pairava sobre o caos e transformou-o em cosmos, sinônimo de beleza, harmonia e ordem. Assim, também, o Consolador deseja transformar o caos de nossa existência, de nossos sentimentos, pensamentos, em cosmos. Deseja renovar a face da terra e criar novos céus e nova terra.

“Eu vos exorto: deixai-vos sempre guiar pelo Espírito, e nunca satisfaçais o que deseja uma vida carnal” (Gl 5,16).

O próprio nome de Cristãos provem de Cristo, ou seja, Ungido .



Maria, na anunciação, ficou cheia do Espírito Santo e concebeu Jesus. Para que não sejamos mais nós vivendo, mas Cristo vivendo em nós (Gl 2,20), também necessitamos ser envolvidos pela sombra da força do Altíssimo.

Nossa Mãe não se fecha em si mesma, mas parte em direção a Isabel e também esta fica cheia do Espírito.

Em Pentecostes, Maria intercede para que todos fiquem repletos do Espírito, tornem-se missionários e nasça a Igreja, comunidade de amor (At 2,42-47).

Neste sentido, CANTALAMESSA nos exorta a rezarmos para obter o Espírito Santo, indicando três lições da presença de Maria em Pentecostes: “primeiro, que antes de empreender qualquer coisa e atirar-se pelas estradas do mundo, a Igreja [nós] precisa receber o Espírito Santo; em segundo lugar, que para a vinda do Espírito Santo nós nos preparamos, sobretudo, com a oração; em terceiro lugar, que esta oração deve ser concorde e perseverante (...) Tudo na Igreja ou recebe força e sentido do Espírito Santo ou não tem força nem sentido cristão ”.

Isto tudo soa muito teórico para nós ou realmente sentimos que temos necessidade do Espírito? Será que temos permitido que o Espírito Santo nos conduza? Será que esperamos mais de Deus ou contamos só com nossas forças? Pode o Espírito fazer conosco o mesmo que fez com os discípulos? Esta força do alto é também para que sejamos testemunhas em todos os ambientes: no trabalho, na sociedade, na família? Temos medo do Espírito Santo ou nos acostumamos a um certo modo de ser Igreja, de orar, mesmo carismaticamente, e não esperamos que Ele nos surpreenda?
 
O Espírito Santo não é invenção ou monopólio da Renovação Carismática Católica, mas crer que Ele age hoje e é capaz de nos dar uma nova força para testemunharmos é parte fundamental da sua identidade:
 
“Aquilo que distingue a Renovação Carismática é a leitura, a interpretação que ela faz do evento chamado Pentecostes, considerando em sua práxis que aquilo que ocorreu na aurora do Cristianismo pode se repetir no aqui e agora da vida da Igreja. A Renovação crê – e procura experienciar – uma sempre renovada efusão do Espírito Santo, e permanece em atitude de fé expectante, de total abertura à manifestação dos dons que o Espírito bem aprouver de nos conceder.(...) Decorre desta postura ante o mistério de Pentecostes, emerge um dos aspectos fundamentais do papel e da missão da Renovação Carismática: ser, hoje, na Igreja e no mundo, rosto, memória e atualização da espiritualidade e da cultura de Pentecostes!...Estudá-lo, cultuá-lo, e buscar ter para com o Espírito Santo um relacionamento pessoal é, sem dúvidas, dever de todos, na Igreja. Tê-lo, porém, como elemento preponderante em suas reflexões, bem como empenhar-se de modo consciente, em realçá-lo como protagonista de toda ação missionária, e contribuir para que mais e mais pessoas possam perceber Pentecostes como uma realidade viva que pode afetar positivamente suas próprias vidas, é coisa que, inegavelmente, a Renovação Carismática precisa lançar-se com afinco e destemor .”
 
Veja o testemunho de Patty Galagher Mansfield sobre o fim de semana de Duquesne, retiro que marca o início da RCC:
 
“Tivemos um Fim de Semana de Estudos nos dias 17-19 de fevereiro. Preparamo-nos para este encontro, lemos os Atos dos Apóstolos e um livrinho intitulado "A Cruz e o Punhal" de autoria de David Wilkerson. Eu fiquei particularmente impressionada pelo conhecimento do poder do Espírito Santo e, pelo vigor e a coragem com que os apóstolos foram capazes de espalhar a Boa Nova, após o Pentecostes. Eu supunha, naturalmente, que o Fim de Semana me seria proveitoso, mas devo admitir que nunca poderia supor que viria a transformar a minha vida!

Durante os nossos grupos de discussão, um dos líderes colocou em tela o fato de que nós devemos confirmar constantemente os nossos votos de Batismo e de Crisma, assim como devemos ter a alma mais aberta para o Espírito de Deus. Pareceu-me curioso, mas um pouco difícil de acreditar quando me foi dito que os dons carismáticos concedidos aos apóstolos são ainda dados às pessoas nos dias atuais – que ainda existem sinais do poder divino e milagres – e que Deus prometeu emanar o seu Espírito para que se fizesse presença a todos os seus filhos. Decidimos, então, efetuar a renovação dos votos de Batismo e de Crisma como parte do serviço da missa de encerramento, no domingo à noite. Mas, no entanto, o Senhor tinha em mente outras coisas para nós!...No sábado à noite, tínhamos programado uma festinha de aniversário para alguns dos colegas, mas as coisas foram simplesmente acontecendo sem alternativa. Fomos sendo conduzidos para a capela, um de cada vez, e recebendo a graça que é denominada de Batismo no Espírito Santo, no Novo Testamento. Isto aconteceu de maneiras diversas para cada uma das pessoas. Eu fui atingida por uma forte certeza de que Deus é real e que nos ama. Orações que eu nunca tinha tido coragem de proferir em voz alta, saltavam dos meus lábios. (...) Este não era, pois um simples bom fim de semana, mas, na realidade, uma experiência transformadora de vida que ainda está prosseguindo e se desenvolvendo em crescimento e expansão.

Os dons do Espírito já são hoje manifestados – e isto eu posso testemunhar, porque tenho ouvido pessoas orando em línguas, outras praticam curas, discernimento de espíritos, falam com sabedoria e fé extraordinárias, profetizam e interpretam. Eu, agora, tenho certeza de que não há nada que tenhamos de suportar sozinhos, nenhuma oração que não seja atendida, nenhuma necessidade que Deus não possa cobrir em sua riqueza! E, no depender dele e louvá-lo com fidelidade, eu sinto uma tremenda sensação de liberdade. Podemos tentar viver como cristãos, morrendo para nós mesmos e para o pecado, mas esta será uma luta desanimadora se não contarmos com o poder do Espírito. Ainda existem tentações e problemas, mas agora tenho a certeza e a confiança em Deus, agora ele me dá segurança. Realmente, transforma-me a viver nele. É verdade que na Crisma, nós recebemos o Espírito Santo e que nós somos seus templos, mas nós não nos abrimos o suficiente para receber em nossas vidas os seus dons e o seu poder. É certo que o Espírito Santo é o nosso professor: eu dele aprendi tanto e em tão pouco tempo! As Escrituras vivem! Amém! Eu estou segura de que jamais poderia ter acumulado por minha própria conta tanto conhecimento, apesar de todo o esforço desenvolvido, e com as melhores intenções que tivesse. (…) Eu me vi, de repente, conversando com as pessoas sobre Cristo, e, vendo desde logo o resultado desse trabalho! Eu jamais teria ousado fazer essas coisas no passado, mas agora, é ao contrário: é impossível deixar de fazê-lo. É como disseram os apóstolos depois de Pentecostes: “Como podemos deixar de falar sobre as coisas que vimos e ouvimos!" (…).”



Desejamos que todos os profissionais do Reino e seus grupos experimentem uma nova, constante e fecunda efusão do Espírito; que esta experiência de Pentecostes nos leve a formar comunidades como as de Atos 2, 42-47; que os grupos de todo o país estejam unidos, concordes e perseverantes na oração para que possamos testemunhar em nossos dias, em meio há um ambiente tão hostil à Igreja, um novo despertar missionário que nos leve a ser sal e luz, fermento no meio do mundo! Queremos a Cultura de Pentecostes, a única capaz de fecundar a Civilização do Amor! Sem o Espírito nossos grupos podem produzir reflexões muito interessantes, mas com o Espírito nossos grupos são verdadeiras comunidades que trabalham em rede formando discípulos e missionários para o mundo de hoje! Queremos ver você, seu local de trabalho, sua família, sua comunidade eclesial, toda a face da terra sendo renovados pelo poder do Espírito!

Crêem que isso é possível?

Clamemos então, com Maria, e deixemos que nossa Mãe nos ensine a sermos dóceis ao Espírito Santo.

Que nosso mutirão de oração do Rosário e a participação na Novena de Pentecostes nos leve a redescobrimos a pessoa do Espírito Santo e que o Ruah sopre em nossa vida, fazendo-nos nascer de novo!

Que essa oração unânime, pedindo o derramamento do Espírito, possa fazer eco a Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, e que toda Babel, onde ninguém se entende, porque cada um busca sua própria glória, se torne Pentecostes, onde todos, sendo de diferentes origens, se entendem porque proclamam as maravilhas do Senhor!

Convidamos você e seu grupo a, neste mês de maio, fazerem experiência de oração e intercessão com o Rosário, clamando, de forma unânime e perseverante, um novo e perene Pentecostes.

 
DINÂMICA
 
1. Convidamos você e seu grupo a fazer uma leitura orante de Lucas 1, 26-38 e/ou Atos dos Apóstolos 1 e 2, de acordo com o método da Lectio Divina;

2. Em seguida, partilhe sobre como Maria nos ensina a sermos dóceis ao Espírito e a importância de deixar-se conduzir pelo Espírito Santo em todas as áreas de nossa vida.

3. Oremos com a Igreja, clamando o Espírito Santo:
 
Veni Creator Spiritus! Vem, Espírito Criador!

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai

e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,

a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,

por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,

nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,

se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer

que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Amém!

CONCLUSÃO

Já estamos na metade do caminho para o ENUR. Para que nossos alicerces sejam restaurados todos os dias, precisamos clamar incessantemente, com Maria, por um perene Pentecostes.

Intensifiquemos nossas orações, nossa partilha e nosso diálogo, enviando mensagens à nossa lista pur-gpp@yahoogrupos.com.br e/ou no nosso blog www.partilhareamar.blogspot.com .

Caminhemos firmes, rumo à nossa meta: a Civilização do Amor.

Para aprofundar este tema em seu grupo, recomendamos a leitura das seguintes obras:



Vaticano II. Constituição Dogmática Lumen Gentium. Capítulo VIII. http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-gentium_po.html

Catecismo da Igreja Católica. n. 487-507

Papa Paulo VI. Exortação Apostólica Marialis Cultus. Disponível em http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/apost_exhortations/documents/hf_p-vi_exh_19740202_marialis-cultus_po.html .

Papa João Paulo II. Carta Apostólica “O Rosário da Virgem Maria”. Disponível em http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/hf_jp-ii_apl_20021016_rosarium-virginis-mariae_po.html .

CELAM. Documento de Aparecida. Texto conclusivo da V Conferência Geral do episcopado Latino-Americano e do Caribe. N. 266-272.

São Luís Maria Grignion de Monfort. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 21 ed., Petrópolis: Vozes, 1995.

Raniero Cantalamessa. Maria, um espelho para a Igreja. Aparecida: Santuário, 1992.

Inácio Larrañaga. O silêncio de Maria. São Paulo: Paulinas, 1982.

Afonso Murad. Quem é esta mulher? Maria na Bíblia. São Paulo: Paulinas, 1996.

Santo Afonso Maria de Ligório. Glórias de Maria. Aparecida: Santuário, 1989.

http://maenossa.blogspot.com/2009/05/maria-no-documento-de-aparecida.html